A Bachiana n° 5, para soprano e orquestra de violoncelos, é a mais conhecida do grande público. O primeiro movimento, a Cantilena, foi composto em 1938, e o segundo movimento, o Martelo, apenas em 1945. A Cantilena é introduzida por dois compassos e pizzicatos nas cordas, utilizando aquele efeito que imita o ponteio dos violões de seresteiros e que já vimos Villa-Lobos utilizar em outras oportunidades. (Figura 2) A forma é ternária (ABA), esta que é uma das formas mais utilizadas nos movimentos líricos. A música se desenvolve em um primeiro ambiente musical [A], depois surge um novo ambiente – contrastante em relação ao primeiro [B] – e finalmente ocorre um retorno do ambiente musical inicial [A’], assegurando a coesão da obra apesar do contraste da parte intermediária.
As formas neobarrocas e neoclássicas nas Bachianas Brasileiras de Villa-Lobos – José D’Assunção Barros Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro | Orcid: 0000-0002-3974-0263 ICTUS Music Journal vol. 14 n.1, pp. 117-134.
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